Você já ouviu falar nas cooking classes? Esse tipo de aula é uma forma de oferecer uma experiência prática de aprendizado com o uso de um conteúdo teórico. Por exemplo: o uso de uma língua estrangeira durante uma atividade prática, como cozinhar. A ideia é criar um ambiente divertido, diferente, que propicie a troca entre os alunos.
Colocam em prática a teoria
O ensino de uma língua estrangeira consiste, muitas vezes, em apresentar um novo vocabulário para os alunos e ajudá-los a memorizar esse vocabulário com a sua aplicação. Isso quer dizer que não basta conhecer as palavras, é necessário saber em que momento é adequado utilizá-las.
Afinal, uma mesma palavra é utilizada em várias ocasiões diferentes e boa parte da comunicação se dá por expressões, nas quais o sentido literal das palavras nem sempre é relevante.
Dentro desse contexto, um dos grandes desafios durante o ensino de uma língua estrangeira é criar um ambiente em que os estudantes sintam-se estimulados a utilizar o seu conhecimento para conversar, elaborar narrativas ou realizar tarefas práticas.
Uma cooking class cria uma situação lúdica em que o aluno vai necessitar do conhecimento da língua estrangeira para realizar outra tarefa: a língua, nessa situação, é uma ferramenta.
O aluno faz uso dessa ferramenta durante a cooking class, assim como faria no intercâmbio. Nesse caso, os alunos praticarão uma língua estrangeira cozinhando.
As cooking classes promovem interação e imersão na língua
Durante as cooking classes, a comunicação se dá integralmente na língua estrangeira. Isso é um benefício para as turmas que já têm alguma fluência e capacidade de conversação, mas que nem sempre aproveitam o período da aula para praticar o idioma.
Além disso, o período de que os alunos dispõem para praticar a língua é muito maior durante a cooking class. Em uma aula tradicional, é necessário que eles se alternem ouvindo o professor, lendo ou respondendo questões. O tempo para conversar em grupo geralmente é de poucos minutos.
Estimulam a interação e o desenvolvimento cognitivo
O ambiente criado pelas cooking classes está de acordo com o que vários teóricos da pedagogia propõem para otimizar o aprendizado.
Em sua dissertação de mestrado elaborada na USP, Sonia Feitosa relata que o educador francês Georges Snyders, por exemplo, ressalta em suas obras a importância da alegria na escola.
Já o educador Lev Vygotsky enfatiza que a base da aprendizagem está na interação do aluno com o meio social, com os colegas e com o educador. Segundo Sonia, tanto Vygotsky quanto o educador brasileiro Paulo Freire afirmam que as competências cognitivas de uma pessoa não são inatas, mas resultado das interações que o indivíduo faz com o meio.
Entre essas habilidades cognitivas estão a capacidade de discriminar estímulos, de aplicar regras e de resolver problemas. Todas elas são importantes para que uma pessoa seja capaz de falar uma língua estrangeira com fluência.
As cooking classes, ao criarem um ambiente alegre, em que os alunos podem interagir guiados por estímulos diferentes daqueles de uma sala de aula tradicional, contribuem para que eles aprendam a língua estrangeira de maneira aprofundada e definitiva.
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